
Estive pensando por um tempo em como a indiferença se tornou algo tão normal para mim. Não a indiferença diante de uma injustiça ou tragédia, porque, sim, eu me importo. Mas o que eu posso fazer? Geralmente me abstenho de opinar sobre diversos assuntos. A Ansiedade nos impede de pensar corretamente, por vezes. Minhas opiniões muitas vezes são diferentes da maioria e, no geral, eu simplesmente tenho pouca disposição para entrar em debates. Então, guardo para mim.
Recentemente, aprendi sobre o Estoicismo e venho adaptando alguns conceitos para minha vida. O Estoicismo é uma escola filosófica da Grécia Antiga, criada por volta do século III a.C., que ensina como alcançar a tranquilidade da mente, a virtude e a sabedoria. Tudo isso vivendo em harmonia com a natureza e aceitando os eventos que estão fora do nosso controle.
Sobre essa última parte, existe a Dicotomia do Controle, um dos princípios fundamentais do Estoicismo. Esse conceito ensina que devemos diferenciar o que está sob nosso controle (como nossas ações, pensamentos e escolhas) e o que não está (como opiniões alheias, eventos externos e até a morte). A ideia é focar apenas no que podemos controlar e aceitar com serenidade aquilo que não podemos mudar.
Eu defendo muito esse pensamento porque a ansiedade gira em torno dos nossos medos: o medo do amanhã, o medo do que pode dar errado. Isso nos desencoraja, nos agride, nos prende. Temer o desconhecido é inevitável, mas viver pensando nisso, todos os dias, é deixar de viver o agora.
Indiferença ou Autocontrole?
Meu namorado sempre diz que eu “não ligo para nada”, que não me importo, que nada me abala. A verdade é que aprendi, aos poucos, a controlar o que penso. Nem lembro exatamente quando ou como isso aconteceu. Gostaria de poder ensinar, mas já faço no automático e, honestamente, nem sei por onde começar. Só sei que gosto de focar no que consigo mudar.
Claro, nem sempre foi assim. Recentemente, passei por um momento em que quebrei esse controle. A pandemia chegou, junto com a crise climática que, supostamente, vai extinguir todos nós (rsrs). Foi difícil. Minha ansiedade foi lá para cima. Eu não conseguia ouvir falar sobre aquecimento global ou tragédias climáticas sem me sentir sufocada. Demorei, mas coloquei na cabeça que essas questões estão fora do meu controle. Não posso fazer nada a respeito. São as grandes potências mundiais as responsáveis, e são elas que podem fazer algo.
Como Lidar com Ansiedade e Informações Excessivas
Então, o que fiz para aliviar um pouco essa ansiedade? Desinstalei o TikTok, o Facebook e evitei assistir a jornais por um bom tempo. Você pode perguntar: por quê? Simples. Notícias e vídeos alarmistas me deixavam extremamente ansiosa. Hoje, prefiro me blindar de certos assuntos. Infelizmente, ainda não superei isso 100%, mas já melhorei muito.
E tá tudo bem se você sente que está perdendo o controle às vezes. Faz parte do processo, sabe? Ninguém tem todas as respostas o tempo todo. Só não esqueça que é possível recomeçar, mesmo nos dias mais difíceis.
Vivendo o Agora e Focando no Controle
Lembra do que falei sobre viver o agora e parar de pensar no futuro? Foi isso que resolvi fazer: aproveitar mais o presente, pensar em mim e focar no que consigo controlar. Sei que é difícil, especialmente com o cenário nacional atual, mas aqui vão algumas dicas que funcionaram para mim:
- Se exercite: praticar exercícios físicos não é só bom para o corpo, mas para o cérebro. A liberação de dopamina nos deixa mais felizes e dispostos.
- Leia mais: ler é um santo remédio para quem tem ansiedade. Podemos nos refugiar em outros mundos, conhecer novas culturas e nos apaixonar por histórias. Além disso, a leitura melhora nosso vocabulário e nossa fala.
- Saia sozinho: Acostume-se com sua própria companhia. Leve-se para um cinema, um restaurante ou qualquer lugar que você goste. Aprender a aproveitar a solidão é libertador.
Espero que esse desabafo, texto ou informativo chegue às pessoas certas e ajude quem precisa. Por aqui, vou continuar compartilhando pensamentos que passam pela minha cabeça no dia a dia. É minha forma de desabafar e, quem sabe, encontrar mais gente como eu.
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Como vai?
Que leitura reconfortante, passa a ternura de um abraço e da um senso de pertencimento
como se fosse uma logo de :
“Você não está sozinho!”
Continue escrevendo, ansioso para novos textos.
Forte abraço.
Vou continuar sim! Fico muito feliz que tenha gostado. Em breve, postarei mais reflexões!
Eu amo o jeito envolvendo que tu escreve. Tão envolvente.
Estou ansioso para as próximas postagens!
Muito Obrigada! Fico feliz que tenha gostado! <3